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O grande cabaré dos Scissor Sisters no Meo Kalorama: um falsete inconfundível, os parabéns a você e o fio dental da mamã

No concerto que marcou o regresso dos Scissor Sisters para junto de um público que sempre os tratou como amigos, houve a efervescência de sempre, as mensagens provocadoras a que nos habituaram e duas enérgicas coristas. Apesar de tudo isso, a falta de Ana Matronic fez-se sentir

Meo Kalorama - Scissor Sisters
TOMAS ALMEIDA

Quando, há 13 anos, os Scissor Sisters decidiram afastar-se da ribalta, provavelmente já teriam em mente um regresso destes. Mais velhos, mais sábios, mas com a energia contagiante de sempre, voltaram para junto de um público que sempre os tratou bem para celebrar não só os 20 anos do disco homónimo de estreia (efeméride marcada em 2024) como mostrar que é sempre bom rever velhos amigos. Numa espécie de Europride alternativo, o concerto que deram neste segundo dia de Meo Kalorama mostrou que todas as cores do arco-íris continuam a caber nas suas canções eletrizantes. Jake Shears (“o eterno twink”), Babydaddy (“o gummy bear mais saboroso”) e o “sexy” Del Marquis fizeram-se acompanhar por duas coristas enérgicas e bem-dispostas nesta que foi a primeira atuação num festival da Europa continental (desde que anunciaram o regresso, só têm tocado no Reino Unido). Mas a falta de Ana Matronic, a quarta irmã, que decidiu não comparecer a esta reunião de família, fez-se sentir… particularmente no sucesso ‘Let’s Have a Kiki’.