Quando, em janeiro passado, nos sentámos à conversa com os irmãos Mendes Ferreira, questionámo-los sobre o que sentem quando lhes dizem que os Calema são os maiores representantes da música de São Tomé e Príncipe. “Os santomenses sempre quiseram ser reconhecidos a nível da lusofonia. O que nós fazemos hoje representa um pouco aquilo que tentaram fazer os nossos primeiros grupos, os África Negra, o Grupo Anguéné, do distrito onde crescemos”, respondeu-nos António, o mais novo, “o que nós fazemos hoje é levar a mensagem que eles já traziam, uma mensagem de esperança, de querer um dia poder viver da música e mostrar a arte da música vinda de São Tomé. Sentimos que o que está a acontecer connosco nunca aconteceu na história do nosso país e, por mais incrível que pareça, consequentemente, viemos também fazer história a nível da lusofonia”. Essa história ficou bem consolidada esta noite, de 7 de junho de 2025, no megalómano concerto que os Calema deram no Estádio da Luz, em Lisboa, tornando-se os primeiros artistas de língua portuguesa a conseguir pisar, em nome próprio, o palco do “maior estádio de Portugal”, como sublinhou o convidado e amigo Dino D’Santiago.
Exclusivo
Calema fizeram festa com sabor a triunfo no Estádio da Luz: entre sucessos e convidados de luxo, pregaram amor, esperança e união lusófona
“Boa noite, Portugal. Boa noite, Lisboa. Boa noite, lusofonia. Conseguimos! Acabámos de fazer história convosco, todos juntos”. Os Calema sonharam e fizeram acontecer, tornando-se os primeiros artistas de língua portuguesa a dar um concerto em nome próprio no maior estádio do país. E partilharam-no com um bom naipe de amigos: de Mariza a Dino D’Santiago, passando por Anselmo Ralph, Sara Correia ou João Pedro Pais