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King Gizzard & The Lizard Wizard começam este domingo residência de 3 noites no Coliseu de Lisboa: “Vamos estender-nos para lá dos limites”

Já se atiraram a tudo: rock psicadélico, folk, jazz e até heavy metal. Os australianos King Gizzard & The Lizard Wizard são uma das mais excitantes bandas do século XXI e, nas vésperas de um disco com orquestra, tocam três dias seguidos no Coliseu de Lisboa: domingo, segunda e terça. O ‘cabecilha’, Stu Mackenzie, promete o melhor: “Vamos estender-nos para lá dos limites. Será como um único grande concerto mas dividido em três partes"

Desde 2010 a folhear uma gigante enciclopédia do rock (e derivados): já lá vão 27 fascículos, perdão, discos. Stu Mackenzie, o líder, é o segundo a contar da direita

A originalidade, garantem os compêndios, é o maior de todos os trunfos no feroz jogo da música popular. É o que, dizem-nos os especialistas, permite distinguir Bad Bunny dos Ghost ou Charli xcx de Olivia Rodrigo, para mencionar apenas alguns dos nomes que marcam o calendário de concertos ao vivo em Portugal no corrente ano. Mas — e este é mesmo um grande ‘mas’ — de uma forma ou outra, com mais ou menos fantasia nas suas indumentárias, com menos guitarras ou mais eletrónica, quase todos esses e essas artistas acabam por seguir fórmulas há muito cristalizadas de forma a garantirem um sucesso sustentado: apostam forte no streaming; trabalham arduamente para terem tração robusta nas redes sociais; alternam entre a ponderada produção de novas entradas nas respetivas discografias e longas digressões internacionais por mercados relevantes em ciclos cuidadosamente planeados, de forma a não esgotar a validade do seu ‘produto’.