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Hermeto Pascoal (1936-2025): o gigante para quem o mundo era um instrumento

O genial músico brasileiro, que tocou com Miles Davis, Elis Regina ou António Carlos Jobim, era reconhecido pelos seus pares como uma figura tão ímpar quanto excêntrica. Morreu aos 89 anos e deixa uma obra vasta e singular

João Atala/Instagram

O músico brasileiro Hermeto Pascoal era reconhecido em todo o mundo. A sua excêntrica figura assegurava o seu reconhecimento instantâneo: longos cabelos e barba branca, que inspiraram a alcunha “bruxo dos sons”, camisas multi-coloridas e uma eterna jovialidade eram uma espécie de “marca registada”, mas a sua aparência exterior não diminuía a singularidade da sua visão artística e os aplausos que ao longo de décadas recolheu entre expoentes de diferentes gerações e estéticas – de Miles Davis ao Kronos Quartet – sublinhavam a sua genialidade. Hermeto, como a família comunicou, passou a outro plano espiritual no passado sábado, dia 13 de setembro. O músico e compositor contava 89 anos e foi vítima de falha simultânea de vários órgãos vitais.