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O amor verdadeiro vai encontrar-nos no fim: no CCB, Legendary Tigerman ‘rugiu’ entre as mulheres que resistem

15 anos depois, Legendary Tigerman continua a elevar as mulheres num país que “continua a querer estrangular-nos” (Sara Badalo dixit). O 15º (na verdade, quase 16º) aniversário de “Femina”, um dos álbuns mais importantes do rock luso, foram celebrados num CCB lotado e com vontade de dançar. Do elenco original do disco, Maria de Medeiros, Cláudia Efe, Rita Redshoes e Phoebe Killdeer juntaram-se ao ‘frontman’ Paulo Furtado, que também chamou a palco a esposa Helena Coelho, futura mãe

Legendary Tigerman, 15 anos de "Femina", CCB, Lisboa, 2 de abril de 2025
Rita Carmo

Um argumento de filme, uma mensagem de The Legendary Tigerman a Asia Argento no MySpace: foi assim que “Femina”, álbum que se tornou seminal no rock ‘n’ roll nacional, nasceu. Ia levando Paulo Furtado à falência — o artista vendeu o carro ao colega Tiago Bettencourt, gastaram-se “rios de dinheiro” para terminar o disco da maneira como o artista desejava, sem pressões típicas de editoras grandes. Na noite de 2 de abril, perante um CCB cheio, percebeu-se que aquele esforço de há mais de 15 anos valeu a pena: “Femina” persiste, não cede, e é capaz de transformar a sala mais solene num clube onde se dança de pé, que se lixem os lugares sentados.