Em janeiro de 2020, Ana Fernandes, que o mundo do rap — e não só — conhece como Capicua, lançava “Madrepérola”, terceiro e certeiro capítulo de um trajeto singular no hip-hop português. O que aconteceu a seguir todos sabemos: tal como boa parte das colheitas dessa temporada, “Madrepérola” foi truncado pela pandemia. “Não me posso queixar, pois recebi bastante reconhecimento por esse disco: ganhei o prémio José Afonso e, apesar de não ter dado tantos concertos como habitualmente, o público também me acarinhou”, conta a portuense, no podcast da “Blitz”, “Posto Emissor”. “Em plena pandemia, queriam comprar discos e t-shirts pelos correios. Foi muito emocionante.” Porém, o confinamento devolveu Ana, que um ano antes fora mãe, “à reclusão dos primeiros meses de maternidade, que são muito solitários”.
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Capicua defende as manas, convicta, é brava e grita: “Um Gelado Antes do Fim do Mundo” é 2025 em forma de disco
No primeiro álbum em cinco anos, a rapper do Porto mostra ambição conceptual e diversidade sonora. Sem esquecer a doçura, “Um Gelado Antes do Fim do Mundo” é um verdadeiro tratado sobre os temas que emprestam ao presente um inconfundível aroma apocalíptico. Será apresentado esta quinta-feira no Teatro Tivoli BBVA, em Lisboa