David Gilmour é um verdadeiro pai de família. Em conversa recente com Andy Greene, nas páginas da “Rolling Stone”, o guitarrista justificou o relativo silêncio de quase uma década — a digressão de apoio a “Rattle that Lock”, o álbum que lançou em setembro de 2015, terminou um ano depois com seis noites esgotadas no Royal Albert Hall, em Londres — com o peso que a idade lhe coloca nos ombros, deixando no entanto claro que a reforma nunca lhe passou pela cabeça: “Demora algum tempo a recarregar. Não sou daqueles que querem estar constantemente na estrada. Tenho uma família adorável. Tenho uns belos campos verdes onde passear. Eu sabia que iria voltar a fazer alguma coisa, mas o quê e quando, quem sabe? Toda esta questão do confinamento (motivado pela pandemia de covid-19) meteu-se no caminho. Talvez me tenha ajudado a concentrar pelo facto de estarmos presos.”
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Aos 78 anos, David Gilmour fez um autêntico “álbum de família”: já ouvimos “Luck and Strange”, um grande disco do outono da vida
Ao lado da mulher, dos filhos e de algumas ‘feras’ dos estúdios, o guitarrista dos Pink Floyd enfrenta a finitude em “Luck and Strange”, o disco que editará sexta-feira e que considera ser o seu melhor dos últimos 50 anos. E não é que pode ter mesmo razão?