Houve um período na história da música portuguesa em que eram os miúdos as estrelas. Estávamos a meio da década de 80: o Muro de Berlim ainda não tinha caído, o Caso Saltillo ainda fazia manchetes, o Cometa Halley encantou todos os que o viram a rasgar os céus noturnos. No Natal de 1986, um grupo formado por crianças entre os 10 e os 12 anos, oriundas do Coro de Santo Amaro de Oeiras, alcançou um sucesso desmedido com o seu primeiro álbum. Eram os Ministars, cujo LP de estreia - com versões cantadas em português de êxitos dos anos 80, como ‘Rock Me Amadeus’, de Falco, ou ‘Wake Me Up Before You Go-Go’, dos Wham! - fizeram as delícias do público. Um sucesso que levou a recentemente falecida Ana Faria, que no início da década de 80 esteve na génese de “Brincando aos Clássicos” e dos Queijinhos Frescos (grupo em que se juntava aos seus filhos) a procurar replicá-lo, com a sua própria versão, a que, em parceria com o marido e produtor Heduíno Gomes, denominou de Onda Choc. Estava inaugurada uma nova vaga.
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Onda Choc e Ministars marcaram gerações nos anos 80 e 90: quem eram os melhores?
Em meados da década de 80, as crianças passaram a ‘mandar’ em alguma da música feita em Portugal. Ministars, oriundos do Coro de Santo Amaro de Oeiras, e Onda Choc, criados pelo casal Heduíno Gomes e Ana Faria, recentemente falecida, fizeram as delícias de pré-adolescentes, obtendo um enorme sucesso com versões de sucessos internacionais, mas não só. Entre “o rei lá do liceu”, biquínis, parabólicas e até um “rap português”, puxamos a cassete atrás rumo às memórias de quem foi criança nos anos 80 e 90