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Blitz

É a pronúncia do norte: a velha guarda de Paredes de Coura sabe muito bem o que quer ver, mas este festival já não é só dela

Há quem monte a tenda há mais de um mês e tenha cá vindo desde 1997, há quem se esteja a estrear este ano em Paredes de Coura e há quem ame tanto o festival que quer recordá-lo para sempre com uma tatuagem bem visível. No Vodafone Paredes de Coura, há gostos para toda a música, com ‘novos’ e ‘velhos’ a disputarem direitos de propriedade. Mas calma: é tudo nosso

Vodafone Paredes de Coura 2024
Rita Sousa Vieira

Está calor. Muito. No campismo do Vodafone Paredes de Coura, sentimo-lo bem, mesmo à sombra, ao mesmo tempo que empaticamente lamentamos a má sorte de quem não conseguiu um lugar debaixo de uma frondosa árvore. Da mesma forma que o calor é muito, a quantidade de campistas também o é. Tendas e mais tendas, panelas e mais panelas: o almoço é linguiça ou atum, a bebida é água, sumos, ou um garrafão oriundo de Ponte de Lima. Há quem monte uma mesinha à beira-rio para a refeição ideal, quem não dispense ser fotografado com um golfinho insuflável. Por todo o lado há letreiros e panos mais ou menos humorísticos: lobotomias a cinco euros, palavrões com pronúncia do norte, símbolos de clubes de futebol. E um que, mal entramos na área de campismo, salta imediatamente à vista: “Paredes de Coura, Velha Guarda, 1998”.