Dizem que falta rock no Super Bock Super Rock? Ei-lo, personificado em Tom Morello, figura incontornável dos anos 90 em que o grunge foi rei e senhor, em que o hip-hop não dava as mãos às guitarras e vice-versa. Não dava, até terem aparecido os Rage Against the Machine (RAtM), que no fundo eram uma banda de hip-hop com guitarras das boas, Morello a fazer scratching sobre as seis cordas, as letras uma granada atirada à sociedade de consumo, um punho esquerdo contra o rosto do capitalismo selvagem. Venderam milhares de discos e apresentaram a luta de classes a milhões de jovens para quem no future não era uma betice do niilismo punk: era a realidade.
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Super Bock Super Rock: o sermão de Tom Morello aos peixes
O concerto era em nome próprio mas quem esteve no Super Bock Super Rock para ver Tom Morello só conseguia pensar nos Rage Against the Machine (RAtM), a banda com a qual o guitarrista marcou os anos 90. Com o sol ainda a brilhar, foram dos RAtM as canções mais celebradas - lado a lado com uma aparição surpresa de Thomas Raggi, dos Måneskin