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O Rock in Rio Lisboa era melhor na Bela Vista ou está bem no Parque Tejo?

160 mil pessoas divididas por dois dias (números comunicados pela organização) é obra e pode gerar o caos, principalmente quando se fala de um festival feito a pensar nas famílias e que este ano tem um recinto diferente. O Parque Tejo parece colher simpatia, mas há queixas prementes: menos sombras, menos relva, e “muita gente em todo o lado”, o que faz com que assistir em boas condições a alguns concertos se torne um desafio inesperado

Rock in Rio Lisboa
Rita Carmo

Para a edição que comemora os seus 20 anos de existência, o Rock In Rio Lisboa mudou-se de armas e bagagens para o Parque Tejo, deixando para trás o Parque da Bela Vista onde morou ao longo de dez edições. A “cidade do rock”, já o escrevemos, está diferente; as ruas são mais amplas, as “casas” - i.e., os stands das mais variadas marcas - ocupam todos os metros quadrados que podem. Vimos filas para comer, beber e ir à casa de banho, comuns aos festivais urbanos mais populosos, mas como também tivemos dificuldades em ver, efectivamente, o palco do concerto dos Scorpions lá muito ao longe. No primeiro fim de semana, pela força de nomes como os alemães ou Ed Sheeran, cabeças de cartaz de sábado e domingo respetivamente, o festival esgotou: por aqui, segundo números comunicados pela organização, passaram cerca de 80 mil pessoas em cada dia. Falámos com alguns visitantes do Parque Tejo ao segundo dia da edição de 2024 do festival. O novo recinto parece colher simpatia, mas há queixas.