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“Em vez de vaiarem Israel na Eurovisão deveriam protestar contra a Irlanda, que realizou rituais e adora o diabo”

Carola, vencedora do Festival da Eurovisão em 1991 e uma das vozes que participaram na homenagem aos ABBA no palco de Malmö, defendeu Israel e deixou duras críticas à performance de Bambie Thug, a concorrente irlandesa

Carola Häggkvist, cantora sueca que venceu o Festival da Eurovisão em 1991, defendeu a participação israelita no concurso e criticou a canção da Irlanda numa publicação nas redes sociais.

A voz de ‘Fångad Av En Stormvind’ afirmou que Eden Golan, representante de Israel na Eurovisão 2024, não passa de “uma jovem inocente”. Afirmando que Israel “cumpriu com todos os requisitos da União Europeia de Radiodifusão para poder participar”, ao contrário da Rússia, excluída do festival devido à invasão da Ucrânia, Carola questionou ainda: “Para onde foi o [lema da Eurovisão] ‘unidos pela música’?”

Carola, cujo fanatismo religioso é conhecido e que em 2002 afirmou conhecer "homossexuais que se curaram através da oração", deixou ainda críticas a ‘Doomsday Blue’, canção defendida por Bambie Thug, concorrente não-binária da Irlanda: “um ritual satânico, em palco, diante de um público de milhões. Só eu e mais alguns é que reagimos?”

"Em vez de vaiarem Israel, deveriam protestar contra a Irlanda, que realizou rituais e adora o diabo", rematou a artista que, na gala de Malmö (Suécia) no passado sábado, participou numa homenagem aos ABBA, interpretando ‘Waterloo’ com Conchita Würst (triunfante no festival de 2014) e Charlotte Perelli (duas vezes representante da Suécia no concurso, em 1999 e 2008).