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Entrevista a Diogo Piçarra: “Estou sempre a tentar sabotar-me. Vivo constantemente a reconstruir o jardim que eu próprio destruo”

No momento em que edita o quarto álbum, “Sentimental”, Diogo Piçarra reflete em entrevista à BLITZ sobre as suas inseguranças, a pressão dos números e das redes sociais, o impacto que a paternidade teve no ato de criação e uma colaboração especial com Pedro Abrunhosa, que teve um papel determinante nos seus tempos de concorrente do “Ídolos”

Diogo Piçarra em estúdio
Rita Carmo

Ao quarto álbum, Diogo Piçarra já não é o rapaz que venceu o concurso de talentos “Ídolos”. Doze anos volvidos, afirma-se como um dos nomes de proa da pop portuguesa e prepara-se para deixar o seu quarto álbum ver a luz do dia, uns longos cinco anos depois de “South Side Boy” ter visto a sua vida interrompida pela pandemia. Para nos apresentar “SNTMNTL”, ou “Sentimental”, o músico algarvio abriu-nos a porta de casa, na margem sul do Tejo, e levou-nos até ao estúdio da cave onde o gravou. Antes de se juntar a nós, fomos simpaticamente recebidos por Mel Jordão, a namorada de longa-data com quem se casou há poucos meses, três anos depois de serem pais da pequena Penélope. A paternidade, confessar-nos-ia, momentos mais tarde, mudou a sua forma de olhar para a música e, claro, as suas rotinas diárias. Talvez por isso, “Sentimental”, disco que vai apresentar ao vivo na Super Bock Arena - Pavilhão Rosa Mota, no Porto, a 13 de abril e no Campo Pequeno, em Lisboa, a 20 de abril, seja um álbum assumidamente introspetivo, no qual diz ter investido mais na autoanálise.