Quando surgiu no cenário musical, há uma dúzia de anos, com um álbum homónimo recheado de canções que ainda hoje integram o alinhamento dos seus concertos, Anna Calvi tornou-se uma das artistas mais acarinhadas pelo público indie com um fraquinho pela ramificação de cantor-compositor. Tão influenciada por Leonard Cohen como por Jimi Hendrix, por Nina Simone como por Maria Callas, a inglesa de ascendência italiana conquistou fãs apaixonados e também vários prémios, tendência que se prolongou nos anos que se seguiram, em que lançou “One Breath”, em 2013, e “Hunter”, de 2018. Desde então, porém, o seu trajeto tem sido menos convencional, e apesar de ter escrito a música da popular série “Peaky Blinders”, experiência que verteu no EP “Tommy”, do ano passado, Anna Calvi deixou de ser um nome presente na memória dos melómanos. Esta noite, no Coliseu dos Recreios, a autora de ‘Suzanne & I’ deu um concerto onde a técnica - vocal e na guitarra - foi irrepreensível, mas ao qual pareceu faltar alguma emoção, ou contexto. Sentada ao nosso lado, nas bancadas, uma espectadora perguntava ao Google, a certa altura, quem era, afinal, esta “Hanna” Calvi.
Exclusivo
Anna Calvi no Super Bock em Stock: a mulher certa na hora inesperada
Longe dos tempos em que o seu nome andava nas bocas do mundo indie, Anna Calvi, que nos últimos anos escreveu a música da série “Peaky Blinders”, deu no Coliseu dos Recreios um concerto que conquistou pela mestria, mas ao qual pareceu faltar algum contexto