Quando, em janeiro, anunciou a digressão que na próxima semana a traz a Portugal, Madonna descreveu o novo espetáculo como um mergulho numa carreira que, este ano, atinge as quatro décadas de atividades (para efeitos de efeméride, considera-se que o seu percurso terá começado, oficialmente, em 1983, com o lançamento da estreia homónima, casa dos clássicos ‘Holiday’ e ‘Borderline’). No início do verão, porém, um grave problema de saúde levou ao adiamento do arranque da “Celebration Tour” nos Estados Unidos; na altura, especulou-se que os espetáculos, tanto na América do Norte como na Europa, viessem a ser definitivamente cancelados e que os fãs pudessem não voltar a ver aquela a quem, com carinho e devoção, chamam rainha da pop.

Mas Madonna Louise Ciccone não é — como de resto quis lembrar na primeira data da tournée, em Londres, no mês de outubro — pessoa de desistir. E, além dos sucessivos êxitos que inscreveu no cancioneiro pop dos últimos 40 anos, com a “Celebration Tour” pretende festejar, com o mesmo fervor, a importância dessa tenacidade, que a levou de jovem aspirante a cantora ao trono de mulher mais bem-sucedida da história da música popular.