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Lorde no festival Vodafone Paredes de Coura: “Dei em Portugal um concerto quando tinha 16 anos e o amor que senti mudou-me por completo”

Na terceira visita a Portugal desde que, há dez anos, ainda adolescente, surgiu em cena com ‘Royals’, a neozelandesa Lorde deu em Paredes de Coura um espetáculo de energia inexcedível, mostrando-se quase ininterruptamente ligada à corrente. Teve o público do seu lado e soube alimentá-lo: com um longo discurso elogioso, dança frenética e pop eletrónica de extrema elegância. E com bom humor: “A que horas é que vocês se levantam para estar acordados a esta hora?”

Lorde no Vodafone Paredes de Coura
Hugo Lima

Olá Porto, boa noite, Porto, vamos lá, Porto. O lapso é comum: quem atua em Paredes de Coura vem do Porto e, provavelmente, irá dormir ao Porto, e Lorde, que terá feito Porto-Paredes de Coura nuns rápidos 70 minutos (viva a nova variante à EN 303), pensou estar ainda na Invicta. Mais adiante, fazendo uma rara pausa num espetáculo de energia inexcedível para, sentada na beira do palco, pôr todo um percurso em perspectiva, recordaria a primeira vez em Portugal, “há dez anos”. Foi, na verdade, há nove, no Rock in Rio lisboeta de 2014, mas não sejamos picuinhas e deixemos falar a estrela neozelandesa: “Dei o meu primeiro concerto em Portugal quando tinha 16 anos [portanto, 17] e até aí nunca tinha sentido uma unidade assim, um amor como este. Mudou-me por completo.” Temos duas hipóteses: acreditar ou desconfiar. Vamos para a primeira porque Lorde, artista bissexta e nada ubíqua, não ficou por aqui.