Exclusivo

Blitz

Brian Jonestown Massacre no Vodafone Paredes de Coura: quando o rock mata o rock, o rock pode salvar o rock

Anton Newcombe, líder dos Brian Jonestown Massacre, é monarca absoluto de um reino psych-rock fundado em 1990 em São Francisco e, desde então, reduto imprescindível da contracultura rock and roll, espécie de história da ‘arte elétrica’ ao contrário. Em álbuns já vai em vinte, mas os concertos não se fazem sozinhos: estará esta banda feita para estes tempos? Paredes de Coura ainda não sabe responder, Newcombe não quer saber, mas nós facilitamos: sim

The Brian Jonestown Massacre
Rita Carmo

Não é como começa, é como acaba, diz-se em ‘futebolês’. Mas arte não é desporto e um concerto de rock não procura vencedores. Quando, ao cabo de uma hora de concerto no palco principal do Vodafone Paredes de Coura, esta quinta-feira, Anton Newcombe se acercou de dois microfones entretanto desligados, procurando comunicar algo à plateia que teve diante de si - primeiro debaixo dos últimos vestígios de luminosidade, depois ao rebate dos primeiros salpicos de chuvisco do festival courense - o que sucedeu foi, precisamente, o que, logo à partida, se prenunciava fatalmente certo: falha de comunicação.