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Vodafone Paredes de Coura: a vida moderna é uma treta e os Dry Cleaning sabem disso

No mesmo ano em que nascia o festival de Paredes de Coura, os Blur sentenciavam: “Modern Life is Rubbish”. 30 anos depois, os seus conterrâneos Dry Cleaning parecem reagir a esse mote com sarcasmo e elegância. No centro da ação, entre a prostração e o transe, está a carismática Florence Shaw, que se mostrou agradecida ao público minhoto pela receção calorosa

Dry Cleaning no Vodafone Paredes de Coura 2023
Rita Carmo

Uma das mais singulares bandas do novo rock britânico, os Dry Cleaning aterram no anfiteatro natural do Taboão à hora mais bonita do festival que este ano celebra três décadas de existência (e insistência, que isto de criar e manter um festival isolado do resto do país e do mapa das digressões europeias não é para todos, como contou à BLITZ o diretor João Carvalho). A ocasião festiva não passa despercebida a Florence Shaw, vocalista do grupo do sul de Londres que, entre canções, se mostra humilde e agradecida à plateia que, com o vagar gostoso dos finais de tarde em Paredes de Coura, se vai compondo à sua frente. Na música que, com os seus companheiros, vai tecendo no palco principal do festival, porém, a conversa é outra - e quase parece uma resposta ao mote lançado, em 1993, pelos seus compatriotas Blur.