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João Carvalho (Paredes de Coura): “Já tive cartazes mais mediáticos do que este a gastar menos, como em 2019 com New Order e Patti Smith”

Em vésperas da edição de 30º aniversário, João Carvalho, um dos fundadores e atual diretor do Vodafone Paredes de Coura, reflete sobre o caminho que o festival minhoto trilhou até aqui, a essência que reclama ser rock (“mas onde também cabe um bom hip-hop”) e as dificuldades com que se depara. “Quando se olha para o Kalorama, Alive ou Primavera Sound, há pelo menos dois festivais ao mesmo tempo em Espanha, o que torna a coisa fácil. Se calhar [este ano] falta a estrela brilhante, mas que está cheio de estrelas não tenho dúvidas”

João Carvalho, diretor do Vodafone Paredes de Coura
Rita Carmo

Começa esta quarta-feira a edição de 30º aniversário do festival Paredes de Coura, que até ao Alto Minho levará concertos de Wilco, The Walkmen, Fever Ray, Jessie Ware ou Little Simz. À BLITZ, o diretor João Carvalho fala da edição deste ano e do caminho que o festival, que, palavras suas, ‘corre’ “rigorosamente isolado”, trilhou até chegar a 2023.

Como estão a decorrer os preparativos do festival?
Este ano, o festival está mais adiantado do que alguma vez esteve, porque tivemos essa preocupação: para as equipas se manterem animicamente em cima, depois do Primavera [Sound do Porto, em Junho], vieram logo para Paredes de Coura. Tratamos sempre do terreno com muito carinho, mas este ano fizemo-lo ainda com mais empenho, [criando] novas zonas de campismo mais bonitas, mais sinalizadas, com mais casas-de-banho, mais condições, mais zonas de descanso... Quanto mais cedo começares a preparar um festival, mais tempo vais ter para o pormenor. Os preparativos estão a correr muito bem e o espaço está muito bonito, muito verde, provavelmente fruto destas variantes climatéricas: ora chove, ora vem sol, e isso faz bem à relva.