Depois do ‘apagão’ dos New Order no NOS Primavera Sound, no passado mês de junho, a ‘fava’ no NOS Alive calhou a Dallas Green, músico canadiano que em tempos liderou a banda rock Alexisonfire e agora se entrega a um blues-rock lânguido, não raras vezes contemplativo, a bordo do projeto City and Colour.
Pelas 18h30, o palco Heineken, o segundo do festival, estava bem recheado de fãs e curiosos para assistirem ao espetáculo que arrancou sensivelmente ao mesmo tempo que, no palco NOS, o maior, os Linda Martini se despediam de uma plateia generosa e na qual pontuavam muitos admiradores devidamente ‘equipados’ com t-shirts da banda e a letra de canções como ‘Boca de Sal’ na ponta da língua.
Mas, mal os City and Colour se atiram à primeira canção do alinhamento, ‘Comin’ Home', do álbum “Sometimes”, a única coisa que se ouve é silêncio. Em palco, os músicos demoraram algum tempo a aperceber-se que a sua música, e os seus piropos ("O que vos estava a dizer é que são um público muito bonito!", dirá mais tarde, já com o microfone a funcionar, Mr. Green) não estavam a chegar ao público.
Cerca de dez minutos depois, o desaire foi resolvido, para gáudio de uma plateia que mostrou conhecer o grupo que, este ano, lançou o álbum “The Love Still Held Me Near”. A ‘personagem’ mais aplaudida deste episódio acabou por ser o roadie com t-shirt de Misfits que, ‘experimentando’ a bateria, deu o sinal que o palco já estava funcional. Longa vida aos músicos que esperam pacientemente pelo seu momento para brilhar e às equipas técnicas que os salvam.