Os Sparks são tudo: pop, rock, glam, electro, synth, dance, new wave, vaudeville, music hall, bubblegum, barroco, prog, art-rock, avant garde. Tiveram tempo para tudo: andam ‘nisto’ desde 1966, altura em que os irmãos Ron e Russell Mael empreenderam a aventura mais improvável e multifacetada do circo pop desde que os Beatles saíram de Hamburgo. Chegam ao Primavera Sound Porto com o eterno estatuto de banda de culto, 25 álbuns na sacola desde 1971, uma infinidade de êxitos que nunca o foram (exceto, essencialmente, dois; já lá vamos) e aquela ‘coolness’ dos ‘underdogs’.
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Os inacreditáveis Sparks no festival Primavera Sound Porto: já não se fazem concertos assim
Russell Mael, 74 anos. Ron Mael, 77. Dois septuagenários californianos deram no Primavera Sound Porto um dos melhores concertos que já vimos nestes seis meses de 2023. Normal: andam ‘nisto’ desde 1966. A crónica de um fim de tarde excêntrico e cintilante