Blitz

Chico Buarque em dose tripla em Lisboa: o alinhamento provável dos concertos e uma playlist para se ir preparando

Na passagem pelo Porto houve dedicatórias ao futebolista brasileiro Vinícius Junior, recentemente vítima de racismo em Espanha, e também a Gal Costa e Miúcha, irmã do cantor, desaparecida em 2018. Saiba o que esperar dos três concertos (esgotados) de Chico Buarque em Lisboa: o primeiro realiza-se esta quinta-feira, no Campo Pequeno

Chico Buarque em 2022
Leo Aversa

Mais de 30 canções, de diversas fases da longa carreira de Chico Buarque, desde os primórdios à novíssima ‘Que Tal um Samba?’, passando pela dedicatória a Portugal e ao 25 de Abril, ‘Tanto Mar’: foi este o alinhamento que o músico brasileiro apresentou, no passado fim de semana, nos dois concertos que deu no Pavilhão Rosa Mota, no Porto. Esta quinta-feira, chega ao Campo Pequeno, em Lisboa, para o primeiro de três espetáculos esgotados naquela sala (os seguintes realizam-se sexta e sábado, dias 2 e 3 de junho, respetivamente).

Nos concertos do Porto, as primeiras seis canções do alinhamento foram cantadas apenas por Mônica Salmaso, que se mantém em palco para, em dueto com Chico, voltar a interpretar vários temas. As palavras de Chico Buarque, que em abril veio a Portugal receber o Prémio Camões que lhe fora entregue em 2019, cingiram-se sobretudo às canções, havendo pouco ‘diálogo’ com o público. As exceções terão sido, na primeira noite, algumas referências espirituosas ao bizarro caso em que se viu envolvido: no ano passado, o veterano apresentou um pedido em tribunal para que Eduardo Bolsonaro, filho do antigo Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, retirasse de uma publicação nas redes sociais um tema da sua autoria, ‘Roda Viva’. Mas a juíza considerou que faltava um documento que comprovasse que a canção de 1967 era, efetivamente, de Chico Buarque. No Porto, e segundo a reportagem do “Público”, o carioca garantiu que não compra canções, acrescentando, jocosamente: “mas posso vender.”

Na Invicta, Chico Buarque fez ainda uma menção a Vinícius Júnior, futebolista do Real Madrid que recentemente foi vítima de racismo, e a quem dedicou a canção ‘Sinhá’, e homenageou a sua irmã, Miúcha, com ‘Maninha’, e Gal Costa, com ‘Mil Perdões’. Ambas faleceram recentemente: Miúcha, também cantora e compositora, em 2018, e Gal Costa em novembro do ano passado.

Na banda que acompanha Chico Buarque e Mônica Salmaso, tocam os seguintes músicos: Luiz Claudio Ramos (arranjos, guitarra e violão), Bia Paes Leme (teclados e voz), Chico Batera (percussão), João Rebouças (piano), Jorge Hélder (baixo), Jurim Moreira (bateria) e Marcelo Bernardes (sopros).

Este foi o alinhamento que Chico Buarque apresentou no Porto, a 26 e 27 de maio:

Mônica Salmaso

Todos Juntos
Mar e Lua
Passaredo
Bom tempo
Beatriz
Paratodos (com Chico Buarque)

Chico Buarque e Mônica Salmaso

O Velho Francisco
Sinhá
Sem fantasia
Biscate
Imagina

Chico Buarque

Choro Bandido
Sob Medida
Bastidores
Mil Perdões
Samba do Grande Amor
Injuriado (com Mônica Salmaso)
Tipo um Baião
As Minhas Meninas
Uma Canção Desnaturada (com Mônica Salmaso)
Morro Dois Irmãos
Futuros Amantes
Assentamento
Bancarrota Blues
Todo o Sentimento
O Meu Guri (com Mônica Salmaso)
As Caravanas/Deus lhe Pague
Que Tal um Samba? (com Mônica Salmaso)

Encores: Chico Buarque e Mônica Salmaso

Maninha
Noite dos Mascarados
Tanto Mar
João e Maria

Ouça ainda uma playlist baseada no alinhamento provável: