Façamos contas rápidas: Blur, oito álbuns de originais em 35 anos, dois apenas editados já neste milénio; Gorillaz, oito álbuns de originais, todos lançados neste milénio. Não é muito difícil de concluir qual é, atualmente, o principal foco criativo do britânico Damon Albarn. E agora, uma boa dúzia de anos depois de terem aterrado numa “Plastic Beach”, num vigoroso comentário aos detritos do capitalismo desenfreado, os Gorillaz desembarcam numa “Cracker Island”, um lugar imaginado, povoado por um culto que se move no metaverso — “Muito bom dia, Elon! Como vai, Donald?”
Exclusivo
Deixemo-nos de fantasias, os Gorillaz são bem reais: já ouvimos “Cracker Island” (e é ótimo)
Os Gorillaz olham para a vida contemporânea em toada de crónica. “Cracker Island”, o oitavo álbum da pandilha virtual idealizada por Damon Albarn e Jamie Hewlett, é tão frenético como melancólico. É lançado esta sexta-feira e mostra uma ideia – ou uma banda – que nunca se perdeu