“Tenho poucas memórias da minha mãe, Iris. Tão-pouco o meu irmão, Norman. Isto explica-se pelo facto de, assim que morreu, nunca mais se ter falado nela lá em casa. Temo que tenha sido pior do que isso. Raramente voltámos a pensar nela.
Éramos três machos irlandeses, e evitámos a dor que sabíamos que viria se pensássemos e falássemos nela.
Em 2014, no álbum Songs of Innocence, permiti-me olhar para o passado, levantar algumas pedras debaixo das quais sabia que havia vermes assustadores. Os fios de memória que tinha da minha mãe tentei entretecê-los na canção «Iris».
Iria cantar-me para ela.
Iria encontrá-la.