Pedro Abrunhosa partilhou uma mensagem nas redes sociais na qual alerta para alegadas intimidações à comunidade russa em Portugal. “A Paz começa em casa. A comunidade russa a residir em Portugal, nomeadamente as crianças russas nas escolas portuguesas, está a ser alvo de intimidações físicas e verbais através das redes sociais”.
“A grande maioria desta comunidade condenou a agressão russa à Ucrânia e seriam os últimos responsáveis pela mesma”, defende o músico, antes de acrescentar que “o povo português tem a obrigação moral do acolhimento. ‘Ninguém sai donde tem Paz’. Condenar a comunidade russa em Portugal, mesmo o povo russo na sua totalidade, por esta barbárie seria como condenar os emigrantes portugueses em França pela repressão salazarista”.
O músico diz ainda que grande parte dos cidadãos russos que decidiram mudar-se para Portugal são “claros opositores da ditadura putanesca” e apela à “capacidade de criar pontes entre nações” dos portugueses: “acolhamos ucranianos e russos com a mesma bondade com que fomos acolhidos pelas populações de todo o mundo nos sinistros tempos do Estado Novo ou quando, mais recentemente, muitos de nós se viram obrigados a emigrar”.
Esta não foi a primeira vez que Abrunhosa se pronunciou sobre a invasão russa à Ucrânia, tendo assumido que nunca tinha julgado “escrever a palavra ‘guerra’ num contexto europeu” e dito, sobre Vladimir Putin, que “estamos perante a ambição de um louco secundado pelo maior arsenal nuclear do planeta”