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Autárquicas 2017

Mulheres a mandar nas autarquias, procuram-se. Em 1976 eram cinco, hoje são 31

São apenas 10% dos presidentes de câmara eleitos dia 1 de outubro. A conquista do poder pelas mulheres teve avanços e recuos nos últimos 40 anos. Porque será? As primeiras mulheres a serem eleitas em 1976 recordam as dificuldades, as reuniões a que presidiram e as conquistas. “Hoje a intervenção feminina é mais robusta, informada e acutilante”, diz a veterana Maria de Lurdes Breu, que esteve cerca de 20 anos à frente da Câmara de Estarreja

Tomada de posse de Maria de Lurdes Breu como presidente da Câmara de Estarreja, a 3 janeiro 1977
Foto cedida pela Cooperativa para o Ensino e Reabilitação de Crianças Inadaptadas de Estarreja, CRL (CERCIESTA)

Eram apenas cinco mulheres que, em janeiro de 1977, tomaram posse das autarquias onde foram eleitas — Estarreja, Mealhada, Coimbra, Sardoal e Vagos —, num mapa de 302 municípios. Uma das autarcas foi Francelina Chambel que, aos 42 anos, chegaria a presidente da Câmara do Sardoal. “Encarei o desafio como uma coisa absolutamente nova”, conta ao Expresso a ex-autarca, hoje com 83 anos.

Francelina Chambel, eleita pelo PS, relembra que a tomada de posse “realizou-se no distrito de Santarém, onde se reuniram 21 autarcas”, tendo os poderes do município sido atribuídos pelo governador civil do distrito na altura, Fausto Sacramento Marques. “Foi muito interessante porque nos conhecemos logo todos”, comenta.

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