O Bundesbank, o banco central alemão, reviu em alta a sua previsão para o crescimento da economia alemã em 2010, depois do crescimento registado no segundo trimestre ter sido o mais elevado em duas décadas. O crescimento de 2,2% relativamente ao trimestre anterior foi anunciado no dia 13 de Agosto de 2010 e foi bastante superior ao esperado pelos analistas. De acordo com a nova previsão divulgada hoje, o Produto Interno Bruto (PIB) alemão irá crescer 3% em 2010, comparando com a anterior previsão de 1,9%.
"O ritmo de crescimento irá normalizar após um segundo trimestre extraordinariamente dinâmico", explica o Bundesbank. "Mas, apesar de tudo, a situação económica na Alemanha é muito favorável no momento", sublinha.
A procura mundial crescente por produtos alemães está a alimentar a recuperação da maior economia da Europa que, no ano passado, viu o seu PIB contrair 4,7%. Embora a previsão para o crescimento global seja "moderada" no segundo semestre deste ano, retirando fulgor às exportações, a procura interna poderá aumentar com as melhorias do mercado de trabalho e levar os consumidores e empresas a aumentar os gastos.
"É provável que a retoma económica continue no segundo semestre deste ano", diz a autoridade monetária alemã, acrescentando que se espera "uma evolução moderada dos preços." A inflação no país germânico fixou-se em 1,2% em julho, mais 0,4% que o registado em junho.
O forte crescimento da economia não deverá "seduzir" o governo a cometer o erro de abrandar o seu compromisso em reduzir o défice orçamental, sugere o Bundesbank. O banco central alemão prevê que o défice registado em 2011 seja de 4%, ficando abaixo dos 3% em 2012.
Este forte crescimento irá beneficiar as empresas alemãs e os investidores podem tirar benefícios disso. Além das tradicionais ações de empresas alemãs, poderão também ser subscritos fundos que replicam o comportamento do principal índice alemão, o DAX 30, os Exchange-traded fund (ETF), ou fundos de ações cotadas na praça alemã. Como o crescimento da economia alemã não irá influenciar todas as empresas de igual modo, a aposta num fundo de ações será melhor para o investidor, dado que os gestores dos fundos estão atentos às empresas que irão tirar maior partido deste crescimento.
Em Portugal os fundos a baixo indicados estão disponíveis para subscrição nos principais "supermercados" de fundos, Activo Bank, Banco Best, Banco Big e Deutsche Bank. Em termos de percentagem de ações adquiridas por setores, a indústria é a mais representada nos quatro fundos variando entre os 52% do fundo da Fidelity e os 60% do fundo do Deutsche Bank. O que mais aposta nos serviços financeiros é o fundo do BNP Paribas enquanto a maior aposta no setor das tecnologias de informação é efetuada pelo fundo do JPMorgan.
Dê crescimento à sua carteira
Fonte Bloomberg. Rendibilidades anualizadas em euros líquidas de impostos. 18 de Agosto de 2010.