Quer deixar marca no seu teatro?
Sou uma passageira momentânea. O Teatro, felizmente, é maior do que os que por lá passam.
O que sentiu quando foi reconduzida no cargo?
Não se sente, prova-se que se merece, todos os dias.
Podíamos ter aproveitado melhor o legado da Expo-98?
Foi um orgulho enorme fazer parte daquele momento. Aproveitámos tudo o que não sabíamos. Somos filhos do que ali aprendemos, da pulsão artística e da responsabilidade cidadã.
Dois ou três homens foram determinantes na sua vida. Veio deles o mesmo ensinamento?
Sim, acreditar sempre que a construção da nossa carreira se faz com trabalho diário, honestidade e atenção ao que nos rodeia. Podemos mudar a vida de algumas pessoas e isso é muito.
E dos seus pais, a liberdade?
Deles sim, e da restante família e amigos que me apoiam e não me culpam por ausências e silêncios… isso é liberdade.
Faz questão de ter na sua equipa muitas mulheres. Pelo mundo fora estamos longe do equilíbrio?
Estamos muito longe, sim. O mundo começa à nossa volta, mas não é só o género que faz o equilíbrio.
A resignação é um sentimento muito enraizado?
É. Eu opto por avançar.
Acorda com prazer para ir trabalhar?
Todos os dias.
Como vai continuar a festejar os 125 anos do São Luiz?
Achando que, com cada espetáculo, participo na defesa da importância história deste teatro e que um destes espetáculos pode operar uma mudança na vida de alguém.
Do seu quintal traz as flores, os limões, a paz… e o que deixa lá?
Estão por lá sorrisos, lágrimas, alegria e festa!