Entre ovações e lamentos, os representantes das nações presentes na 29.ª Cimeira do Clima da ONU (COP29), que terminou na noite deste sábado em Baku, aprovaram um acordo que aparentemente triplica o financiamento dos países desenvolvidos aos países em desenvolvimento para enfrentarem a crise climática. O valor passa de 100 mil milhões anuais (aprovados em 2009 até 2025) para 300 mil milhões anuais (cerca de 288 mil milhões de euros) até 2035. Mas com a inflação pelo meio, a triplicação é relativa. E ainda está longe dos 1,3 biliões pedidos pelos países mais vulneráveis.
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COP29 aprovou um acordo sem real consenso e com sabor amargo para os países mais vulneráveis. Foi uma “ilusão de ótica”
Os países ricos comprometem-se a pagar 300 mil milhões de dólares por ano até 2035, mas para muitas organizações da sociedade civil, como a Zero, a “COP das finanças falhou em responder às necessidades climáticas dos países em desenvolvimento”. O valor oferecido pelos mais ricos é considerado “apenas uma fração dos biliões necessários”. Guterres esperava "mais ambição" e países em desenvolvimento falam em acordo com “ilusão de ótica”