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Foi descoberto o primeiro ocelote albino e isso é alarmante: a população destes “gatos grandes” estará “muito ameaçada” pela desflorestação

“Este animal terá de ser mantido em cativeiro”, explica ao Expresso o geneticista Albano Beja Pereira, pois “a probabilidade de sobreviver em ambiente natural seria muito baixa”, uma vez que “perde a capacidade de se camuflar” e “fica mais vulnerável a outros predadores, até mesmo da própria espécie”

JOAQUIN SARMIENTO / Getty Images

Uma pequena cria de origem felina, com poucas semanas de vida e que pesava apenas 440 gramas, foi descoberta no município de Amalfi, na região colombiana de Antioquia, em novembro de 2021. A fêmea, cega e com o pêlo todo branco, foi resgatada de uma morte quase certa pelas autoridades locais e atualmente vive resguardada no Parque de Conservação de Medellín, onde recebe todos os cuidados necessários.

Desde que foi encontrada, a cria intrigou imediatamente os seus cuidadores. Inicialmente, pensaram tratar-se de um gato, depois supuseram que seria um puma. Agora, um ano após ter sido descoberta, um estudo de ADN permitiu concluir que se trata do primeiro ocelote albino identificado em todo o mundo. Apesar de inédito, o caso levanta sérias preocupações, uma vez que o albinismo pode ser um indicador de que se trata de uma espécie ameaçada, com uma população já muito reduzida.