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Portugal e Espanha preparam-se para voltar a conquistar o mundo em 2027, mas desta vez vão usar satélites

A Constelação do Atlântico deverá ficar concluída no início de 2027. Até lá há uma nova corrida ibérica para o desenvolvimento e fabrico de 16 satélites que podem seguir veículos ou tirar fotos a 600 quilómetros de distância. Presidente da Agência Espacial Espanhola admite que dados mais “sensíveis” possam ser restritos, mas lembra as vantagens previstas para a Administração Pública. Grécia e Reino Unido já foram abordados para aderir

Ilustração de um dos satélites da Constelação do Atlântico que já estão a ser trabalhados na empresa N3O
N3O

Anunciada pela primeira vez em 2020, a Constelação do Atlântico deverá ter 16 satélites a orbitar a cerca de 600 quilómetros da Terra até ao início de 2027. Sevilha já tem currículo na descoberta de novos mundos, mas nesta matéria o diretor da Agência Espacial Espanhola (AEE) foge ao despique histórico com Lisboa para centrar a atenção noutro ponto do Globo. “Possivelmente vamos ter de instalar uma antena no Polo Norte”, diz Juan Carlos Cortés.

É na capital dos Descobrimentos espanhóis que hoje está sediada a AEE e é este organismo que haverá de superar a última barreira burocrática para a concretização do projeto. Nem uma versão sideral do Tratado de Tordesilhas falta: Portugal e Espanha comprometeram-se a dividir ao meio os encargos com a Constelação - sendo que ainda falta definir a localização das antenas.