O autocarro seguia animado, quando o condutor foge do guião de guia turístico ao lembrar os tempos em que trocava uma ou outra palavra com James J. Bulger, chefe da máfia de Boston que só era superado por Osama bin Laden entre os mais procurados do FBI e que acabou sovado até à morte na prisão, aos 89 anos de idade. “Quando era miúdo, saía de casa e já sabia que estavam lá os homens dele. Ou aprendíamos a lidar com isso ou íamos para padres”, recorda o motorista, de provecta idade, e com o nome preservado aqui.
Johannes Fruehauf, médico alemão e líder da incubadora LabCentral, nada tem a ver com esta história de quase 50 anos, mas confirmou que é possível viver em Boston captar 22,95 mil milhões de dólares (21,4 mil milhões de euros), sem ter de recorrer a enredos dignos de Hollywood. “O Estado do Massachusetts deu-me uma bolsa de cinco milhões de dólares para criar este espaço. Esse investimento veio da Iniciativa das Ciências da Vida de Massachusetts, que contava com mil milhões de dólares. Deve ter sido dos cinco milhões de dólares mais bem investidos tendo em conta que, só em 2022, esta incubadora gerou mais de 5800 postos de trabalho”, informa o líder da LabCentral perante jornalistas de vários países, que foram convidados pelo Departamento de Estado para conhecer as mais recentes tendências tecnológicas dos EUA.