Todas as marcas gostam de alardear especificações técnicas promissoras, mas estranhamente não foi isso que aconteceu no final de agosto com o anúncio do Mate 60 Pro da Huawei. Remetida a um confinamento político e industrial que começou a ser delineado em 2019, a companhia chinesa parecia estar já fadada a perder o acesso às redes móveis de quinta geração (5G). Antes do lançamento, o Mate 60 Pro teria tudo para ser apenas mais do mesmo sem ir além do 4G, mas, no Canadá, a consultora TechInsights extirpou a máquina e descobriu a unidade de processamento Kirin 9000S, que dá acesso às redes móveis a velocidades de 350 megabits por segundo (Mbps). Tal e qual como um iPhone.
“Já há muito tempo que a Huawei está a apostar fortemente no desenvolvimento e investigação de áreas das comunicações de rádio, com um aumento significativo de conhecimentos destes domínios. É minha opinião que a Huawei tem os conhecimentos necessários para construir soluções 5G se necessitar. A dúvida que fica a pairar tanto na China como noutros países é: o que é que é o 5G?”, descreve Nuno Borges de Carvalho, diretor do Departamento de Eletrónica, Telecomunicações, e Informática da Universidade de Aveiro.