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Saúde

O caso da morte por falha no INEM: ninguém atendeu no dia da greve

Governo culpa dois profissionais por morte de vítima em dia de greve; sindicato diz que pedido de socorro ficou por atender. Já a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde dá como provado que o socorro chegou tarde demais para permitir tentar salvar o doente, coin 53 anos e com um enfarte agudo do miocárdio

Inquéritos aos restantes nove casos mortais durante a greve serão concluídos até ao final de julho
Ana Baião

Uma vítima mortal por atraso no socorro durante a greve do INEM está já confirmada pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS). Os inspetores apontam “indícios da prática de conduta infratória” a dois profissionais e o Governo defende, por isso, que a morte não pode ser imputada à greve, “nem sequer a uma demora no atendimento da chamada pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU)”. Mas a chamada terá sido uma das quase cinco mil que, no total, não foram atendidas no dia 4 de novembro, quando coincidiram duas greves dos técnicos de emergência pré-hospitalar.