Saúde

Observatório de Violência Obstétrica exige a demissão da ministra da Saúde

Defendem que a violência obstétrica também pode ser “institucional” e acusam a ministra de “inventar” soluções para a crise nas urgências

O Observatório de Violência Obstétrica exige a demissão da ministra da Saúde e responsabiliza-a pela crise nas urgências. Na próxima semana, há vários serviços encerrados. Para o observatório, criado em 2021, os sucessivos encerramentos de urgências de obstetrícia são também uma forma de violência obstétrica.

O movimento responsabiliza Ana Paula Martins pela crise nas Urgências e defende que a ministra não tem condições para continuar no cargo. “O problema é o mesmo e creio que toda a gente tinha o objetivo de ter soluções: não é descartar tudo o que já foi construído e começar a inventar”, afirma Carla Pita Santos.

O Observatório de Violência Obstétrica é contra uma possível concentração de urgências na região de Lisboa e Vale do Tejo, um cenário que a ministra da Saúde admitiu vir a considerar, se for proposto pela comissão técnica.

A última semana de agosto continua a ser marcada pelo encerramento de urgências de obstetrícia. Os serviços de Setúbal e de Portimão estão fechados pelo menos até quinta-feira. O de Abrantes não funciona até quarta. E na segunda e na sexta-feira, o Hospital das Caldas da Rainha tem as urgências fechadas.

Mas é no fim de semana que a situação se volta a complicar, com pelo menos oito urgências de Obstetrícia e três de Pediatria encerradas no sábado, último dia de agosto.