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Saúde

"Coelho da cartola", "anúncio de agosto", "populismo básico": médicos e ex-ministros reagem ao anúncio de Montenegro

Perante o anúncio de mais de 1.600 vagas para estudantes de Medicina em novas faculdades públicas, o bastonário da Ordem dos Médicos lembra que Portugal tem “12 cursos” e o segundo maior rácio de médicos por mil habitantes da OCDE. O Expresso falou com várias personalidades com competências no setor e todas coincidiram em que, além de se tratar de um projeto há anos em avaliação, novos cursos não resolvem os problemas atuais do SNS

Horacio Villalobos

O discurso de Luís Montenegro em Quarteira, no âmbito da Festa do Pontal, teve a Saúde como o setor mais visado. O primeiro-ministro aproveitou o tradicional evento do PSD para, entre outras medidas, anunciar que está preparado para “enfrentar uma visão demasiado corporativista que não tem contribuído para que os médicos fiquem no SNS”. “Vamos formar mais médicos, vamos fazer mais cursos de Medicina e vamos espalhá-los pelo território, dando coesão territorial a Portugal”, garantiu.

Em causa está a proposta de abrir 1.684 vagas para estudantes de medicina, por meio da criação de novas escolas superiores de ensino médico em Évora e Vila Real.