Ron DePinho sempre viu nos pais um exemplo de vida. Imigrantes portugueses nos Estados Unidos, “pobres e muito pouco letrados”, como descreve, foram quem sempre valorizou a educação no seio familiar. Deles herdou os “valores fundamentais”, o empenho em “ajudar os outros” e a “ética do trabalho”, que o fizeram chegar ao topo da investigação em cancro no mundo. Há 25 anos, quando o pai morreu de cancro do cólon, o caminho tornou-se mais claro ainda – e passou a ser feito “em honra dele”.
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Filho de pais portugueses que emigraram para os Estados Unidos em busca de uma vida melhor, o médico, professor e investigador Ron DePinho está em Portugal para várias palestras. O luso-americano, ex-presidente do Anderson Cancer Center, da Universidade do Texas, e conselheiro do Papa para questões de Saúde, tem dedicado a carreira a desbravar novas terapias para o cancro e falou com o Expresso sobre as suas expectativas de futuro para o tratamento da doença