É um cenário que se repete, longos tempos de espera e algumas unidades de urgência encerradas. O mês de junho começou com constrangimento nos serviços de urgência um pouco por todo o país, mas a zona mais afeta é a região de Lisboa e Vale do Tejo. A falta de médicos é a principal razão para que nos hospitais não seja possível cumprir as escalas.
No inicio do mês tinha sido também anunciado que os mapas das urgência, deixariam de estar disponíveis para consulta, uma situação que também deu origem a alguns constrangimentos. Após criticas por falta de transparência, na semana passada, o ministério da Saúde deu um passo atrás. Apesar de um inicio atribulado e com alguns erros, os mapas estão agora disponíveis e a ministra da Saúde garantiu uma atualização diária.
Esta semana, começou com tempos de espera a ultrapassar as três horas para doentes urgentes em alguns dos principais hospitais de Lisboa e os mapas divulgados para esta corroboram o que se tem observado na prática. Lisboa e Vale do Tejo é a zona com mais constrangimentos. Obstetrícia, ginecologia e pediatria são os serviços com mais unidades encerradas.
No hospital de Santa Maria as urgências de obstetrícia estão encerradas devido a obras. No hospital Garcia de Orta, em Almada, a urgência de obstetrícia/ginecologia vai estar fechada pelo menos ate ao final da semana e a urgência pediátrica vai estar a funcionar em horário limitado. A Unidade Local de Saúde do Arco Ribeirinho, no Barreiro, tem as urgências de obstetrícia, ginecologia e pediatria encerradas.
Ainda que abertos, existem hospitais com as urgências destes serviços a trabalhar em horários limitados. É caso do hospital São Francisco Xavier e o hospital Beatriz Ângelo.
Apesar dos constrangimentos previstos para esta semana, a ministra da Saúde reforçou que cerca de 90% das urgências do país estão abertas. A Ordem dos Médicos e os sindicatos alertam que é agora necessário um plano para todo o verão.