O Algarve poderá ficar, a partir desta quinta-feira e até terça feira, sem neurocirurgia. O Centro Hospitalar Universitário do Algarve admite dificuldades no preenchimento da escala, mas diz ainda estar a tentar encontrar uma solução.
Há seis especialistas na neurocirurgia com o apoio de um interno. Mas entre férias e doença, as ausências nos próximos cinco dias poderão pôr em causa o serviço.
A escala de junho não está completa. Entre esta quinta e a próxima terça-feira não há médicos suficientes para assegurar os turnos. Isso significa, por exemplo, que situações como acidentes vasculares cerebrais hemorrágicos ou alguns acidentes não poderão contar com apoio especializado.
O Centro Hospitalar Universitário do Algarve admite a dificuldade na gestão dos recursos humanos. Está a ser pedido ao pessoal clínico um esforço acrescido para assegurar os turnos, mas sem garantia, para já, de que a escala fique assegurada.
O serviço de neurocirurgia , em Faro, duplicou nos últimos dois anos o número de especialistas e foi alvo de um investimento de cerca de três milhões de euros, com parte dos novos equipamentos a serem doados por privados.
A aguardar ainda o plano de assistência médica de verão, que deverá ser conhecido na próxima semana, o Algarve está a contar com o reforço da resposta clinica, em várias especialidades, durante os meses de maior procura turística.
No entanto, em anos anteriores, o incentivo dado aos médicos de outras zonas do país para virem trabalhar temporariamente para o Algarve não tem sido suficiente para assegurar uma adesão significativa.