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Saúde

“A incontinência urinária tem cura”: especialistas defendem estratégia para um problema que requer “vencer os tabus”

Manifesto apela ao desenvolvimento de uma estratégia europeia para lidar com a incontinência urinária, um problema com forte impacto na qualidade de vida e elevados custos económicos e ambientais. Peritos ouvidos pelo Expresso salientam a importância da prevenção e de campanhas de sensibilização e informação, para quebrar o estigma e divulgar que existe tratamento

Peter Cade

A incontinência urinária afeta entre 55 a 60 milhões de europeus – em Portugal, a estimativa aponta para cerca de 600 mil pessoas. Apesar do forte impacto na qualidade de vida, muitos não procuram ajuda profissional. Com o crescente envelhecimento da população, este é um problema que tenderá a agravar-se, em termos de saúde e bem-estar e com significativas consequências económicas e ambientais.

Por considerarem que esta questão tem vindo a ser “negligenciada”, mais de 20 organizações científicas, profissionais e de doentes lançaram um manifesto com o objetivo de sensibilizar os decisores políticos nacionais e europeus para a necessidade de agir, através de uma “estratégia comum”, explica ao Expresso um dos signatários, o médico urologista Francisco Cruz, professor e investigador da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.