“Fiz um teste e deu positivo.” Este é o início da história que ‘Carolina’ [nome fictício] gostaria de não ter de contar. “Entrei nas urgências e uma ecografia confirmou a gravidez. Estava de cinco semanas. Mas o doutor que me recebeu disse que só me poderia encaminhar para interrupção voluntária da gravidez (IVG) quando visse o embrião e ouvisse os batimentos cardíacos.” ‘Carolina’ insistiu que não queria seguir com a gravidez e sabia que a lei não a obrigava a esperar mais tempo. Só que no Hospital de Ponta Delgada, a sua cidade, não lhe deram opção senão regressar a casa e voltar dali a “uma ou duas semanas”, tendo desde logo avisado a mulher de 38 anos: “Vai ter de ir a Lisboa.”
Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.