As medidas previstas para a saúde mental na proposta de Orçamento do Estado para 2024 não trazem novidades. São precisamente as mesmas que foram apresentadas no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e que estão a ser financiadas com fundos europeus. Antes disso, foram incluídas em planos e estratégias nacionais.
Num comentário à proposta de orçamento apresentada na terça-feira pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, Joaquina Castelão, presidente da FamiliarMente - Federação Portuguesa das Associações das Famílias de Pessoas com Experiência de Doença Mental - sublinha que assumir como "único objetivo" para 2024 a conclusão da reforma da saúde mental é “muito preocupante para os milhares de pessoas que não conseguem aceder atempadamente aos cuidados de saúde".
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Orçamento prevê obras que já estão concluídas e “não traz novidades”: psicólogos e associações criticam medidas para a saúde mental
Associações das famílias de pessoas com doença mental consideram insuficientes as medidas previstas na proposta de Orçamento do Estado para 2024, "face aos milhares de pessoas que não conseguem aceder atempadamente aos cuidados de saúde". Além disso, algumas das obras previstas para o próximo ano já estão concluídas, mas os serviços “ainda não abriram por falta de profissionais de saúde”. Ordem dos Psicólogos também aponta “falta de novidades” para a saúde mental, mas considera positiva atribuição de verbas à Direção Executiva do SNS, que "facilitará a contratação mais psicólogos para os centros de saúde"