O protesto que está a colocar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) numa situação trágica começou num dia de festa: a 18 de agosto, um sábado de festividades em Viana de Castelo, duas médicas na escala de urgência do hospital decidiram escrever ao ministro. Manuel Pizarro tinha voltado a adiar as negociações com os sindicatos e queriam desfazer o nó.
O texto, simples, foi feito logo ali e dizia-lhe que os médicos deixariam de fazer horas extras além das obrigatórias se não houvesse acordo. A carta foi enviada a 1 de setembro, subscrita por 1055 clínicos. Nunca teve resposta, mas o efeito que produziu foi inesperado até para quem a escreveu e assinou.