G. dava os primeiros passos na vida de adolescente quando morreu a princesa Diana. Já na altura, a sua mente levava-a a acreditar que o trágico acidente de viação se tinha devido a um qualquer pensamento seu. Um pensamento capaz de precipitar um evento que chocou o mundo, a quase dois mil quilómetros de distância. Sabia que era inverossímil, impossível até. Mas, de alguma forma, no momento em que o desastre se apoderou da atualidade noticiosa e, consequentemente, das conversas na rua entre as pessoas, a menina de 12 anos não conseguia afastar-se da hipótese mínima de ter sido culpa sua.
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“Um doente esteve 23 horas a tomar banho”: a história da cirurgia feita a mais de 20 pessoas com perturbação obsessivo-compulsiva
Em quase duas décadas, Portugal fez mais de duas dezenas de cirurgias ao cérebro de doentes obsessivo-compulsivos para os quais o tratamento convencional não produziu resultados. Cerca de um terço, como G., voltou a ter a qualidade de vida perdida