Exclusivo

Saúde

As alterações climáticas também afetam o coração: 1ºC a mais na temperatura aumenta o risco de um acidente cardiovascular em 2%

Pela primeira vez em Portugal, os médicos cardiologistas querem debater e chamar a atenção da classe e do público em geral para o risco acrescido do aquecimento global e da poluição na saúde humana. Este é o foco do “Fórum SPC 2023: Alterações climáticas, poluição e doença cardiovascular”, que se realiza esta sexta-feira no Centro Cultural de Belém

Lukas Schulze/Getty Images

A poluição atmosférica é a quarta causa de mortalidade no mundo e os problemas ambientais são responsáveis por cerca de um quarto das mortes a nível global. O alerta dado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e um conjunto de artigos científicos publicados nos últimos anos chamaram a atenção de um grupo de médicos e de cientistas portugueses que começaram a dar mais atenção às consequências das alterações climáticas e da poluição na saúde pública.

“Os dados atualmente disponíveis confirmam que o aquecimento global e as consequentes ondas de calor, assim como a poluição do ar são ameaças cardiovasculares e potenciam eventos coronários, como o enfarte do miocárdio, o acidente vascular cerebral,(AVC), ou a insuficiência cardíaca e aumentam o risco de morte”, esclarece ao Expresso o médico cardiologista Daniel Caldeira e autor principal de dois “papers” sobre o tema que vão ser apresentados no Fórum “SPC 2023: Alterações climáticas, poluição e doença cardiovascular”.

Organizado pela Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC), este encontro reúne especialistas de várias áreas, esta sexta-feira, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.