A denúncia partiu da própria presidente da Junta de Freguesia da Penha de França, em Lisboa, quando, em novembro de 2022, começou a aperceber-se do número anormalmente alto de moradores, todos eles estrangeiros, registados em certos endereços, e em nome dos quais estavam a ser pedidos (e passados) atestados de residência, obrigatórios no processo de legalização em Portugal. Os documentos, emitidos pela junta, não só levantaram suspeita pela concentração geográfica mas também pela repetição das testemunhas, duas por papel, que assinavam pela sua honra que aquelas pessoas viviam realmente na freguesia.
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O cabecilha, o funcionário da Junta e os moradores subornados: rede vendeu moradas falsas para legalizar mais de sete mil imigrantes
Grupo atuou na Penha de França, em Lisboa, durante mais de três anos. Moradores da zona eram pagos por cada testemunho falso e por cedência do próprio endereço. Julgamento arranca esta terça-feira