À partida, já nada impede a juíza Susana Seca de marcar o inicio do julgamento da Operação Marquês, que tem como principal arguido o ex-primeiro-ministro José Sócrates, indiciado, entre outros crimes, por corrupção. O conselheiro Jorge Gonçalves decidiu esta semana rejeitar um recurso de José Paulo Pinto de Sousa contra o coletivo de juízas da Relação de Lisboa que decidiram recuperar grande parte da acusação do Ministério Público. A defesa do primo de Sócrates entendia que duas das juízas tinham sido transferidas e não podiam ter apreciado os recursos que se seguiram à decisão instrutória de Ivo Rosa, mas o STJ diz agora que "num caso em que o exame preliminar e os vistos são anteriores à transferência (...) para outros tribunais, não se traduz em qualquer designação arbitrária ou discricionária de juiz, nem na criação contra legem de um tribunal ad hoc".
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Operação Marquês: Supremo rejeita recurso de José Paulo Pinto de Sousa, o último ainda pendente nos tribunais
O conselheiro Jorge Gonçalves rejeitou recurso de primo de Sócrates que contestava a competência de duas juízas desembargadoras da Relação de Lisboa, e que foram transferidas para o Porto e Guimarães antes de decidirem recuperar grande parte da acusação que tinha sido desfeita pelo juiz de instrução Ivo Rosa