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Justiça

PJ pede à população para não contactar com foragidos que "tudo farão para se manterem em liberdade": está em risco "a vida humana"

Autoridades de segurança dizem que “estamos a falar de gente muito violenta” e que os evadidos são ameaças à vida humana. Por isso, pedem à população para contactarem as autoridades caso avistem algum dos reclusos. Fecho de fronteiras não foi equacionado. Diretor dos serviços prisionais não se demite e deixa críticas à transferência de um dos presos para Vale de Judeus: “Se estivesse em Monsanto não teria fugido”

Conferência de imprensa das autoriddes de segurança sobre a fuga de reclusos de Vale de Judeus, Alcoentre
FILIPE AMORIM/Lusa

As autoridades de segurança não garantem resultados rápidos na captura dos reclusos que se evadiram de Vale de Judeus este sábado. “A ideia de resultados rápidos é falaciosa”, disse este domingo Manuel Vieira, secretário-geral adjunto do SSI. As autoridades pedem cautela à população, porque os cinco homens são “perigosos”, de caracter “violento” e “tudo farão para se manterem em liberdade”. O risco é real, avisou o diretor da PJ, incluindo são uma ameaça à vida humana.

O diretor da PJ, Luís Neves, também presente na conferência de imprensa conjunta, pediu contenção aos órgãos de comunicação social uma vez que se trata de uma “operação complexa" dado que estão em causa criminosos associados a “crime organizado com capacidade financeira”. ”Estamos a falar de gente muito violenta" e “muito bem preparada”, disse Luis Neves.

Perante a violência dos reclusos que se evadiram de Vale de Judeus, em Alcoentre, dois deles condenados à pena máxima, Luís Neves lança um apelo à população para que não contacte os fugitivos caso os aviste. “Farão tudo para se manterem em liberdade”, avisou, incluindo, acrescentou, “pode estar em causa o fator vida humana”, referiu, deixando antever que são ameaça à segurança da população.