Na primeira entrevista da Procuradora-Geral da República Lucília Gago em quase seis anos de mandato o ex-primeiro-ministro António Costa, o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa e a ministra da Justiça Rita Alarcão Júdice foram alvo de críticas diretas. A PGR começou por referir que sempre considerou que a "discrição é bem melhor que o espalhafato" para justificar por que razão não aceitou entrevistas: "Nunca tive o culto da imagem. Não preciso de popularidade, de estrelato." Mas acabou a dizer que há uma "campanha orquestrada" contra o Ministério Público na qual incluiu a ministra da Justiça.
Exclusivo
"Não devo um pedido desculpas a António Costa se o inquérito for arquivado": PGR atira a Costa, a Marcelo e à ministra da Justiça
Em entrevista à RTP, Lucília Gago afirmou que o inquérito a António Costa não está fechado, negou ter havido "maquiavelismo" por parte do MP ao fazer coincidir o inquérito ao caso das gémeas luso-brasileiras e mostrou desagrado com as palavras de Marcelo Rebelo de Sousa. Sobre as declarações da ministra da Justiça classificou-as de "indecifráveis" e "graves" e envolveu Rita Júdice no que considera ser uma “campanha orquestrada” contra o Ministério Público