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Justiça

Caso EDP/CMEC: procuradores têm até 30 de setembro para concluir a investigação; defesa critica os "23 pedidos de adiamento"

Ministério Público vai ter um novo prazo porque não quer correr o risco de usar provas que podem vir a ser declaradas nulas. Advogados de António Mexia e Manso Neto lembram que o inquérito dura "inexplicavelmente há mais de 12 anos", contando com 23 pedidos de adiamento ou prorrogação, e que "já há muito" que deveria ter sido encerrado

João Manso Neto e António Mexia foram afastados da gestão da EDP em 2020 por decisão judicial
Luís Barra

Os procuradores do caso EDP/CMEC têm o período do verão para terminarem a acusação. O vice-Procurador-Geral da República, Adérito Teixeira, prorrogou o prazo do inquérito até ao próximo dia 30 de setembro. De acordo com um documento judicial, a que o Expresso teve acesso, a investigação refere que se "encontra em curso uma avaliação sobre a validade de diversos elementos de prova recolhidos no decurso do inquérito, avaliação que se tem por relevante para o saneamento (probatório) do processo e precípua formulação do juízo indiciário a realizar".